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A mais forte proteção está dentro de si mesma

Vamos conversar sobre proteção?
Há muitos anos, há uns 10 anos, eu era uma pessoa beem ansiosa. E essa ansiedade, que me fazia uma pessoa bastante impaciente, contrastava com uma calmaria, com um estilo 'da paz' que eu tinha para com todos. O que eu defino por impaciência? O abalar-se por qualquer detalhe; abalar-se com comentários e com dificuldades para executar o que desejo; algo provocado por uma situação que me instabiliza. Veja bem: a impaciência está em você, em sua dificuldade para manter-se fria perante às situações, em aguardar, em deixar que as situações tomem uma forma por si só. A impaciência é o abalo; é reflexo da ansiedade. Impaciência também vem da falta de fé: se eu não acredito no rumo para o 'bem', tendo eu mesma a querer 'fazer o bem'; portanto ao invés de aguardar, observar, esperar, eu antecipo as atitudes como forma de alterar os acontecimentos.

Bem, estamos hoje em uma sociedade que se movimenta a base de ansiedade e, por consequência, impaciência. Desse estado de espírito oscilante, surgem muitas emoções e pensamentos negativos.

Mudando esta sina

Certa vez um amigo olhou para mim, no meio de um desabafo meu, e me disse "calma, você está muito impaciente, muito nervosa, precisa pegar mais leve". Aquelas palavras repercutiram em uma vontade de auto-correção em mim, pois eu buscava, naquele momento, aquele 'eu' que havia se perdido: o 'eu' paciente, seguro, 'inabalável'. Após me acalmar, eu via que era a ansiedade e a impaciência as causadoras daquele tumulto interno, capaz de mudar meu comportamento perante os outros.

Observei que era uma cadeia de acontecimentos recorrente: 1. algo externo a mim acontecia fora dos 'planos', por exemplo, o descumprimento de algum compromisso; 2. imediatamente eu me sentia instável e procurava de todas as formas recolocar as coisas 'no seu lugar' (ou no lugar esperado); 3. a minha vontade de mudar era maior do que a minha resignação e eu sofria por isso; 4. vendo a dificuldade em mudar o rumo das coisas, eu começava a somatizar preocupação, ansiedade, instabilidade emocional; 5. procurava pessoas próximas para desabafar e acabava julgando a situação; 6. em seguida, meus pensamentos eram contaminados e devido à dificuldade em desapegar, eu 7. tornava a minha realidade negativa e alternava entre o 'eu' tranquilo, afetuoso e seguro, e o 'eu' baixo-astral, preocupado, inseguro.

Vendo essa situação se repetir, decidi fazer o caminho inverso. E mudar o rumo dentro de mim. Primeiro, ao invés de ficar baixo-astral, preocupada, insegura, eu 7. resistia o quanto fosse necessário para manter o meu 'eu' tranquilo. Essa tarefa foi dura. Era como caminhar contra a correnteza. Mas eu resisti. Na seguinte situação de 'instabilização', eu 6. impedi que as emoções tomassem meu pensamento, e era uma briga dentro de mim mesma, mas eu consegui! Em seguida, 5. parei de externalizar às pessoas, pois eu via que a minha preocupação contaminava elas também, então evitava desabafos prolongados e frequentes - decidi desabafar somente após o momento extremamente emocional passar, só após 'colocar a cabeça no lugar'. Neste momento, percebi a melhora na qualidade dos meus relacionamentos, e também passei a me sentir mais segura, pois eu lidava com as forças opostas dentro de mim. Os passos seguintes foram mais fáceis: ao ver as emoções ruins serem despertadas, 4. deixei elas navegarem, 'irem embora', ao invés de me apegar a elas; impedindo, assim, que preocupação e ansiedade fizessem moradia em mim. A gente sempre tem mais de um caminho para seguir! Em seguida, eu me tornei 3. mais resignada e compreensiva pois NADA, absolutamente NADA está sob nosso controle. Assim, vendo que a instabilidade inevitavelmente está fora de nós, pois a Vida é uma força que não podemos dominar, eu 2. me esforcei para manter a estabilidade dentro de mim - pode o lado de fora explodir, pode tudo desmoronar, mas a principal força que devo manter de pé está dentro de mim, protegida, livre das sombras, das palavras negativas, das preocupações, do baixo astral. E então, passei a olhar para a primeira situação (1) como uma OPORTUNIDADE para fazer tudo diferente! E assim, gozar com a vida, dos acasos e dos desencontros.

Entendeu o processo inverso? Isso foi um exemplo. Agora substitua por situações do dia a dia que instabilizam você. Se veja com outros olhos. Busque novos caminhos, novas atitudes. Eu não disse que é fácil. Mas o resultado é surpreendente e engrandecedor.


A verdadeira proteção vem de dentro de si mesma.
(reprodução da internet)


Potencializando com outros elementos

O relato que eu dei é para mostrar que, sem utilizar qualquer artifício externo a mim, eu consegui arquitetar a minha proteção - lembrando que proteção não é limpeza: proteção é impedir que algo te atinja; é saber ignorar, saber compreender, saber lidar com as preocupações inevitáveis da vida. Buscar o equilíbrio entre o que podemos fazer e a finalidade maior que existe em todas as coisas. Nada está sob seu controle. A ansiedade é um acelerar perigoso; a balança da impaciência deve estar sempre em equilíbrio, e exercitar seu oposto, a paciência, é um bem que você fará para si mesma.

Outras práticas potencializam essa percepção, como a Yoga, a meditação, o uso de cristais,  amuletos, incensos, orações ao anjo da guarda, práticas religiosas, terapia com elementos (que me ajudam a descarregar a energia), chás de ervas, etc. Mas acredito que mais importante do que todos esses recursos é entender que a mais importante barreira está na sua mente, está na sua vontade de usar a sabedoria para lidar com os momentos instáveis.

Você verá que a proteção se dá em várias camadas, e é necessário você fazer a vigília de todos os ambientes que existem dentro de Você. A chave está nas suas mãos. 

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